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MARCADORES DE FORMAÇÃO,
INOVAÇÃO E PESQUISA PARA UNIVERSIDADE
DE HOJE E DO PRÓXIMO DECÉNIO
PROJETO DE INVESTIGAÇÃO
Este projeto foi interrompido por falta de financiamento
Fundamentação teórica
Nota introdutória
Com base nas conclusões mais recentes da pesquisa sobre o ensino superior e, designadamente, sobre a Universidade do presente e do futuro, o projeto terá como alvo explicar e compreender onde se encontra a Universidade dos nossos dias e para onde pretende ir no futuro e, em particular, nos próximos 10 anos.
Dar-se-á preferência aos modelos estruturais e procurar-se-á ver como os principais marcadores identificados, com incidência na formação, na inovação e na pesquisa interferem na determinação, dinâmica e evolução da estrutura da Universidade de hoje e de amanhã.
Serão referidos apenas, de um modo muito sintético e condensado, os autores, as conclusões e os estudos mais relevantes de pesquisas que, do nosso ponto vista, mais se tenham distinguido em relação aos objetivos e às questões deste projeto, evitando repetições inúteis.
Daremos ainda uma atenção especial às conclusões mais inovadoras e consistentes em relação a aqueles marcadores que da análise, interpretação e discussão dos dados se revelarem mais determinantes nas mudanças efetuadas na estrutura e dinâmica da Universidade. Sustentamos teoricamente que a importância e a configuração dos diferentes marcadores como variáveis observadas será distinta em relação à formação, inovação e pesquisa, variáveis latentes bem como às variáveis de tempo: hoje e decénio. Por isso, a nossa atenção centrar-se-á em cada um desses marcadores que descreveríamos sinteticamente :
as mentes
Destacamos as novas mentes por terem uma importância crucial em toda a sua dinâmica. Não me refiro apenas às cinco identificadas e descritas por H. Gardner, 2007, no seu livro Five Minds for the Future, “cinco mentes para o futuro”, a saber: disciplined, synthesizing, criating, respectfull and ethical minds, mas a todas as outras mentes ou dimensões do espírito humano. As novas mentes que possibilitam concepções diferentes e inovadoras assumem uma importância primordial para antever como se configura hoje e irá configurar a Universidade no próximo decénio. Trata-se de uma tese que defendemos há muito tempo e que, de certa forma, é aceite pela grande maioria dos cientistas e pensadores, de que o conhecimento precede e é essencial e transversal a toda ação humana. Não é possível uma ação inteligente, responsável e livre sem uma qualquer base cognitiva, pois, o que, de alguma maneira, não se conhece pela razão e o coração não intui nem reconhece não tem influência no agir humano. Desta forma, as novas mentes para o futuro permitir-nos-ão recortar o rosto da Universidade para o próximo decénio. Ou seja, parafraseando Gardner, é preciso selecionar bem, adequar, aprofundar e desenvolver os conteúdos disciplinares, desenvolver e otimizar as capacidades de síntese dos conhecimentos e incentivar a criatividade sem esquecer o respeito e a honestidade intelectual pela natureza das coisas e a elevação ética.
os afetos
Outro marcador fundamental que de há muito nos trabalha e, aos nossos olhos, atravessa toda a ação humana e lhe serve de lubrificante são os afetos: emoções, sentimentos, paixões. Os afetos mais agradáveis ou desagradáveis, intensos ou menos intensos são desencadeados pelos diferentes níveis de consciência sensorial, perceptiva e mental do proto-eu, do eu nuclear e do eu autobiográfico, se me é permitido, usar esta tríade de estádios de António Damásio na evolução da consciência. Os afetos são também muito importantes para configurar a Universidade para os próximos 10 anos, designadamente, ao nível das relações pessoais e interpessoais que certamente continuarão a ter uma importância determinante. Hoje, sabemos que as mentes e os afetos são inseparáveis no agir humano que terá de ser inteligente, afetivo, (emocional), responsável para poder ser autêntico e livre. No entanto, a forma de exprimir os afetos e a sua intensidade e sentido serão provavelmente bastante distintos na universidade do próximo decénio.
a autonomia
A universidade dos próximos tempos irá precisar de atores ainda mais autónomos, inovadores e colaborativos. A autonomia como capacidade de conhecer, de aprender, de ter, de ser, de agir, de decidir livre e responsavelmente bem distinta da heteronomia e mais ainda da anomia, irá ser determinante. Este é, por isso, outro marcador que se reveste de primacial importância, decorre diretamente dos dois anteriores e nos dará o verdadeiro rosto da universidade do futuro como aconteceu no passado. Na verdade, as pessoas e as instituições serão tanto mais autónomas quando mais assumirem por inteiro a sua identidade única, pessoal e social. A medida da autonomia pressupõe a afirmação integral da própria singularidade e da sua alteridade como dimensões da pessoalidade e da sociabilidade. Não sei se a autonomia na universidade do futuro terá de ser diferente mas terá certamente de ser mais intensa e autêntica. Aos nossos olhos, este será seguramente um dos marcadores que fará a diferença.
as tecnologias
As tecnologias mais robustas e avançadas, designadamente, aquelas que possibilitam uma maior e melhor informação e comunicação, são consideradas nos diferentes estudos e pesquisas como os principais responsáveis pelas maiores transformações e mudanças do passado, do presente e do futuro. Elas estão efetivamente a provocar uma mudança vertiginosa e determinante, nas pessoas, nas organizações e nas sociedades dos nossos dias e a acelerar ainda mais as transformações futuras apesar das densas nuvens de desconfiança e receio que também se começam a levantar e a adensar no horizonte e constituem, porventura, verdadeiras e sérias ameaças para a humanidade e habitabilidade do próprio planeta. Mas não há dúvida que o progresso científico e tecnológico, em aceleração constante, irá continuar a mudar profundamente, para o bem e para o mal, as coisas, as vidas e os comportamentos dos humanos no futuro mais próximo. Há uma sabedoria e um equilíbrio que será preciso encontrar e manter para que as coisas positivas prevaleçam sobre as negativas em que a pesquisa, educação e a inovação terão, com certeza, um papel determinante e decisivo.
os métodos
Encontrar novos caminhos, os mais adequados e eficazes será um dos grandes desafios para enfrentar os problemas que se irão colocar às sociedades emergentes mais ou menos globalizadas. Por isso, os métodos de trabalho, de estudo e de pesquisa irão ter uma importância crucial nas pessoas e nas organizações e assumir um papel da maior importância nas novas concepções e dinâmicas sociais, em que as instituições do ensino superior e, designadamente, as universidades mais especializadas e focadas na formação dos cidadãos, na pesquisa e na inovação terão uma relevância acrescida. Para isso, será necessário ultrapassar a rotina de métodos do passado obsoletos e esgotados e introduzir novas formas de recolher, analisar os dados e procurar a sua explicação e compreensão de uma forma mais adequada, mais robusta e fiável através de modelos teóricos de análise estrutural, da sua confirmação ou infirmação e da sua correspondência com a realidade.
a organização
Outro dos segredos para o sucesso da universidade para o próximo decénio será sua capacidade de organização e gestão. Nos últimos anos verificaram-se fortes mudanças nas instituições universitárias mas a pressão social, científica e tecnológica mais ou menos globalizada continua no sentido de transformações mais profundas e extensas. Novas formas de organização e gestão mais flexíveis e resilientes irão ter que acontecer nos próximos tempos para que as instituições universitárias possam manter e otimizar os níveis de qualidade e excelência nos processos de ensino aprendizagem, de pesquisa e inovação científica e tecnológica. Ir mais longe e mais fundo com menos recursos que começam a ser escassos será o grande desafio colocado à Universidade para o próximo decénio. Isto só se consegue com melhor organização e gestão ao nível dos seus atores, dos programas, dos equipamentos, dos espaços e dos recursos financeiros como veremos nos pontos seguintes.
os equipamentos
Não bastará dispor dos equipamentos mais avançados e adequados para as diferentes tarefas científicas e tecnológicas a realizar. Será necessário também fazer a sua utilização da forma mais económica e eficaz evitando o seu subaproveitamento quer em termos do seu potencial quer em termos de tempo de utilização. Dada a desatualização rápida dos equipamentos mais sofisticados será necessário aproveitar ao máximo o tempo da sua duração e das suas potencialidades. Os equipamentos são adquiridos para trabalhar e não para estar parados. Isto obriga que a sua localização e a programação das atividades se faça a um nível interuniversitário. Os equipamentos exclusivos de um investigador ou de uma instituição, sobretudo, quando os custos da sua aquisição são mais elevados terão que ser excepcionais e rigorosamente justificados.
os edifícios
Os edifícios da universidade do próximo decénio serão ainda muito mais dinâmicos e funcionais. Dado o trabalho online ou à distância que irá ser cada vez mais determinante na forma de viver e organizar-se das sociedades, das instituições universitárias, os edifícios terão de ser concebidos e construídos de um modo bem diferente. Não me estou propriamente a referir às construções virtuais 3Ds mas a construções reais mais funcionais e apetrechadas com equipamentos mais robustos, avançados e melhor dispostos para a pesquisa na diferentes especialidades quer seja ao nível de espaços mais pequenos quer seja ao nível de espaços mais amplos e polivalentes para discussão das conclusões científicas, artísticas e tecnológicas mais relevantes e inovadoras bem como a sua gestão em novo conhecimento aceite e reconhecido pela comunidade científica. Mas o grande trabalho terá que ser cada vez mais à distância em que o lugar onde as pessoas vivem terá de transformar-se também na sua sala habitual de trabalho evitando as perdas de tempo e as energias em deslocações inúteis e o aumento da poluição ambiental. Tudo isto aponta efetivamente para um novo contexto de formação, de responsabilidade e de ação em que as novas mentes, a autonomia, as tecnologias da informação e da comunicação e a organização assumirão uma primacial importância.
os contextos
Não há dúvida de que, hoje como ontem e, sobretudo amanhã, os contextos acabarão por fazer a diferença. Refiro-me aos contextos físicos, biológicos, psicológicos, éticos, sociais, culturais que possibilitem aos humanos tornarem-se mais humanos, isto é mais inteligentes, conscientes, responsáveis, livres, felizes. Na Universidade para os próximos 10 anos, os contextos irão alterar-se consideravelmente graças, sobretudo, às tecnologias mais avançadas e robustas da informação e da comunicação que possibilitarão formas mais rápidas e flexíveis de ação e relacionamento na realização das mais variadas e complexas tarefas
os financiamentos.
O grande desafio do presente e do futuro será melhor formação, pesquisa e inovação com menos recursos afetos às instituições do ensino superior. A chave para atingir este objetivo que irá ser cada vez mais incontornável e imposto pela situação económico-financeira dos diferentes países terá que vir de uma melhor organização e gestão dos recursos materiais e humanos. As instituições e organizações que melhor perceberem e se adaptarem a esta realidade acabarão por desenvolver-se, consolidar-se e aumentar os seus níveis de qualidade e excelência. As que não forem capazes de adaptar-se e atualizar-se acabarão por sucumbir. O segredo e a estratégia de sucesso será o modo de otimizar os recursos que serão cada vez mais reduzidos ou mesmo escassos evitando os desperdícios e canalizando os recursos disponíveis para aquilo que é verdadeiramente essencial dentro da missão das diferentes instituições do ensino superior e, designadamente, das universidades. Hoje, face à diminuição dos financiamentos e consequente redução de recursos humanos, materiais e equipamentos nota-se uma certa desorientação nas universidades quer em termos de formação, de pesquisa e inovação. Talvez a razão disso seja a constatação patente de que a organização e a gestão pedagógica, científica, tecnológica, física, psicológica e social não acompanharam as mudanças que ocorreram. Nos próximos anos, essa adaptação à mudança será mais intensa e acelerada exigindo grande atenção e discernimento da parte dos principais atores administrativos, pedagógicos e científicos e, sobretudo, novas formas de agir, de estar e de comportar-se. Esse é um outro marcador para qual não poderemos deixar de chamar a atenção de forma muito insistente e séria.
os comportamentos
A universidade do próximo de decénio exigirá, com certeza, novas atitudes e novos comportamentos dos todos os seus atores. Disso não temos grandes dúvidas e o ajustamento e a qualidade desses comportamentos será determinante para o seu sucesso. Julgo, até, que os comportamentos das pessoas ao nível local, nacional e global irão mudar radicalmente seguindo a tendência que se está a verificar nos últimos tempos. Talvez, o grande problema seja o de equilibrar a necessidade de estar com os outros, digamos a necessidade de uma maior proximidade e a tendência cada vez maior de viver e trabalhar individualmente à distância. Como conjugar esta situação sem perder a qualidade dos afetos? Será a grande questão a que terá de ser dada uma resposta adequada, satisfatória e à altura dos novos tempos.
a empregabilidade
A Universidade não tem só formar pessoas através de uma formação pedagógica, científica e cultural séria, exigente, de qualidade, mas também para desenvolver os mais diversos caminhos e aberturas da sua pessoalidade e profissionalidade. Ou seja, que todos aqueles que a Universidade forma e diploma sejam empregáveis, consigam um trabalho que possibilite continuar o desenvolvimento de todas as suas potencialidades, seja útil e necessário para as sociedades onde se insere e propicie uma justa, boa e razoável remuneração. Formar, hoje, para ser empregável, a um nível mais teórico ou aplicado e prático, deverá ser também um dos grandes objetivos da Universidade embora sem perder de vista que a instituição universitária não poderá deixar de ser igualmente um espaço sempre aberto à pesquisa e inovação que possibilite a invenção científica, o progresso tecnológico e a criação artística.
a democraticidade...
Com frequência, uma maior democraticidade, tem provocado uma certa degradação do nível, da qualidade e excelência da instituição universitária. Mesmo que não seja fácil fazer frente a esse risco, convirá desenvolver todos os esforços para que ele seja o menor possível porque a abertura da Universidade ao maior número é o desideratum de uma sociedade mais evoluída e cidadã. Até que ponto é que a Universidade está verdadeiramente apostada em atingir este equilíbrio? É uma questão a que, neste momento, não é fácil responder de um modo objetivo, sério e rigoroso, sem cair num markting fácil ou mera propaganda.
a internacionalização...
Uma das palavras mágicas que as universidades, hoje, gostam de proferir e propagandear é a de "internacionalização". Ser conhecido entre os pares no mundo inteiro e pertencer a instituições universitárias melhor colocadas no ranking nacional, regional e internacional, sobretudo, ao nível da pesquisa e inovação científica e tecnológica é uma das ambições de todo o professor e pesquisador da educação superior. Acontece que as avaliações estão formatadas em moldes que nem sempre são os mais saudáveis e aconselháveis para um bom e justo equilíbrio das instituições universitárias colocando problemas consideráveis à sua própria gestão. Mas tudo isso faz parte de um jogo que, hoje, é praticamente impossível deixar de jogar.
1. Marcador como travejamento essencial do modelo teórico
"Marcador" no projeto assume uma importância basilar para a compreensão da estrutura e dinâmica da Universidade de hoje e do próximo decénio e, de certa forma, possibilita a previsão de como é que as focagens na "formação", "inovação" e "pesquisa" e a referência ao presente e ao futuro da universidade, variáveis não observadas, se configurarão na realidade. Marcador é uma peça central e estruturante do modelo. Por isso, será sobre ele, como variável observada e investigada diretamente, que incidirão os estudos teóricos e empíricos no âmbito deste projeto "Marcadores de formação, inovação e pesquisa para a universidade de hoje e do próximo decénio".
Marcador é um elemento, pois, de primacial importância, em ciências médicas, sobretudo, nos diagnósticos tumorais. Poderíamos também referir-nos aos marcadores somáticos de António Damásio nos estudos neuro-cerebrais relativamente aos sentimentos e às emoções (Damasio, 1991). Poder-se-ia ainda fazer apelo aos biomarcadores nos diferentes domínios das ciências biológicas e da bioquímica.
No nosso caso, "marcador" assume um sentido mais de natureza metafórico que lhe permite ser transposto para os domínios das ciências psicológicas, socioculturais e humanísticas. Também nas organizações e, designadamente, na instituição universitária poderíamos evocar a ideia de marcador para determinar, explicar e compreender a sua estrutura e dinâmica interna e externa. É, neste sentido, que, neste projeto, recorremos à ideia de marcador e que descreveríamos da seguinte forma: "Associação de componentes (variáveis) em rede que de acordo com a importância ou valor que lhe for atribuído podem determinar a estrutura e a dinâmica da Universidade do presente e do futuro na sua missão de formação, inovação, pesquisa e extensão".
Para já identificámos e descrevemos um conjunto de marcadores, acima apresentados sucintamente, que temos vindo a estudar teoricamente e a verificar através de pesquisas de estudo de caso, designadamente, na Universidade de Aveiro, para ver em que medida eles se confirmam na realidade e qual a intensidade e determinância de cada um deles na estrutura e dinâmica da universidade de hoje e do próximo decénio.
Este conjunto de marcadores não é exaustivo nem fechado. É possível revê-los, completá-los, reconfigurá-los e explicitar melhor o âmbito da sua incidência e significado na estrutura e dinâmica da instituição universitária mais ou menos inteligente, flexível e resiliente. É nessa perspectiva que a pesquisa está a desenvolver-se.
Acresce dizer que um dos estudos que nos serviu de referência na concepção do modelo teórico para a seleção e descrição desses marcadores para tentar configurar a estrutura e dinâmica da instituição universitária foi uma colectânea de textos organizada por P. Speller, F. Robl e S. M. Meneghel sobre "Desafios e Perspectivas da Educação Superior Brasileira para a Próxima Década" editada em Brasília : UNESCO, CNE, MEC, 2012, que reproduz o estudo, a pesquisa e o debate que se vem acentuando, de há uns tempos a esta parte, sobre a universidade do futuro e o futuro da universidade.
A incidência sobre a atualidade e o próximo decénio pretende sublinhar uma ideia que é também uma atitude de pesquisa de que, neste tipo de investigação prospectivo, saber ler o presente e compreendê-lo em profundidade e em intensidade, é a melhor forma de antecipar o que irá acontecer no futuro, seja a 10, 20, 30 ou 50, já que ir para além disso seria demasiado ousado. A velocidade da inovação é cada vez mais rápida e a formação e a pesquisa também não deixam de estar estreitamente ligadas a essa vertigem inovadora que sopra em todo o lado, ao nível local, regional, nacional e global. A inovação envolve sempre algo radical mesmo que acabe também por equilibrar-se através da colaboração, da disruptibilidade e da sustentabilidade que lhe servem de suporte. Como a própria etimologia nos diz, "inovar" é pôr algo novo dentro", "é dar, acrescentar valor", o que implica uma certa acomodação, assimilação, equilibração e adaptação à realidade de um modo qualitativo e sustentável em que o talento, o engenho, a arte em que os recursos materiais e humanos e a sua rigorosa e justa organização e gestão não são de somenos importância.
2. Revisão da literatura sobre a universidade do futuro e, designadamente, dos próximos 10 anos
Como referíamos, acima, não se pretende fazer aqui uma revisão da literatura exaustiva mas apenas tentar identificar as linhas-força que, hoje, estão subjacentes a estas temáticas bem como autores e pesquisas que, de alguma forma, as defendem e trabalham.
Interessa-nos também insistir na ideia de marcador, de focagem na formação, inovação e pesquisa e de cenários possíveis que configuração a universidade em função do peso e da intensidade valorativa que for atribuída a cada um dos marcadores já identificados ou de outros marcadores que com base nos resultados da investigação venham a ser acrescentados bem como a sua nova reconfiguração.
Marcador como o descrevemos acima, é um conceito que transpusemos dos marcadores somáticos desenvolvidos por António Damásio num dos seus livros mais conhecidos O Erro de Descartes: Emoção, Razão e Cérebro Humano (1994), que constitui uma das chaves de que se serviu para compreender a significação, o papel e a dinâmica das emoções e do sentimento no comportamento humano. Ao transpormos o conceito de marcador para a análise da estrutura e dinâmica da Universidade de hoje e do próximo decénio do ponto de vista da formação, inovação e pesquisa, ele assume um sentido psíquico, social e cultural, axiológico, uma espécie de clave musical para explicar, compreender e executar a sinfonia da universidade atual e do futuro evitando que ela não caia numa cacofonia desconcertada sem vida e sem alma, sem razão e emoção. Os marcadores somáticos seriam redes neuronais com sensibilidades específicas para detectarem determinados estados emocionais e afetivos. Marcadores psicológicos, sociais, culturais, axiológicos, seriam redes de pensamento, emoção e ação dotadas de sensibilidade, de consciência e determinação para compreender como é a Universidade atual e agir no sentido do que ela irá ser no futuro. Também aqui poderíamos deixar-nos inspirar pela máxima damasiana: "toda e qualquer expressão racional tem a sua base nas emoções".
Os marcadores já identificados, estudados e discutidos teórica e empiricamente, a avaliar pelas conclusões a que se tem chegado, parecem bastante consistentes e medem aquilo que se pretende. Mas poderão ser completados e agrupados no sentido de uma melhor adaptação à realidade da instituição universitária de hoje e do próximo decénio. (Tavares, José, Oliveira, José Bessa & Alarcão, Isabel, 2016).
Convirá ainda centrar-mo-nos na formação, inovação e pesquisa, três variáveis estruturais, não observadas diretamente, mas essenciais para compreender a missão da Universidade de hoje e do futuro. Destas variáveis ou focagens como nos apraz designá-las, a inovação é, talvez, aquela que oferece um pouco mais de dificuldade. E isso aconteceu nas sessões que realizámos, na Universidade de Aveiro, com grupos focais de professores, investigadores e alunos na discussão de cenários para Universidade dos próximos 20 anos. A inovação como "algo de novo dentro", "valor acrescentado" tem de estar presente e atuante na formação e na pesquisa como algo que lhe é inerente e essencial. A formação e a pesquisa têm de ser verdadeiramente inovadoras, de contrário, seria mera repetição de informação e de processos.
Quanto à formação e à pesquisa julgamos que não é necessário fazer aqui grandes esclarecimentos e revisões da literatura. O Revisão da Literatura e Sistematização do Conhecimento de Teresa Cardoso, Isabel Alarcão e Jacinto Antunes Celorico poderão dar uma boa ajuda na realização desta tarefa que assume primacial importância na formação e na pesquisa. Ou seja, entendendo a formação como estando estreitamente ligada à investigação e a investigação que não pode prescindir da formação.
Para mais informações ver, por exemplo, Global Innovation Index, 2016.
Theoretical foundation
Introduction
Based on the most recent research findings on higher education, and specifically on the University of the present and future, the project will aim to explain and understand where the University of today is and where it intends to go in the future and, particularly, over the next 10 years.
Preference will be given to structural models and we will try to see how the main markers identified, influencing formation, innovation and research interfere in the determination, dynamics and evolution of the structure of the University of today and tomorrow.
Only the most relevant authors, conclusions and studies of research that, in our opinion, have been most distinguished in relation to the objectives and the questions of this project will be mentioned, in a very synthetic and condensed way, avoiding useless repetitions.
We will also pay special attention to the most innovative and consistent conclusions regarding those markers that, from the analysis, interpretation and discussion of the data, are more determinant in the changes made in the structure and dynamics of the University. We hold theoretically that the importance and configuration of the different markers as observed variables will be different in relation to the formation, innovation and research, latent variables as well as the variables of time: today and decade. Therefore, our focus will be on each of these markers that we would describe synthetically:
minds
We highlight the new minds as having a crucial importance in all their dynamics. I am referring not only to the five identified and described by H. Gardner, 2007, in his book Five Minds for the Future, namely: disciplined, synthesizing, criticizing, respectfull and ethical minds, but to all the other minds or dimensions of the human spirit. The new minds that enable different and innovative conceptions are of paramount importance in order to foresee how it is configured today and will shape the University in the next decade. It is a thesis that we have long defended and which, to a certain extent, is accepted by the great majority of scientists and thinkers, that knowledge precedes and is essential and transversal to all human action. It is not possible for intelligent, responsible and free action without any cognitive basis, for what, in some way, is not known by reason and the heart does not intuit or recognize has no influence on human action. In this way, the new minds for the future will allow us to cut the face of the University for the next decade. That is, to paraphrase Gardner, we must select well, adapt, deepen and develop the disciplinary contents, develop and optimize the skills of synthesis of knowledge and encourage creativity without forgetting respect and intellectual honesty by the nature of things and ethical elevation.
affections
Another fundamental marker that has long worked for us and, in our eyes, it crosses all human action and serves as lubricant are affections: emotions, feelings, passions. The more agreeable or unpleasant, intense, or less intense affections are triggered by the different levels of sensory, perceptual, and mental consciousness of the proto-self, the nuclear self and the autobiographical self, if I may, use this triad of Antonio Damasio's stages in Evolution of consciousness. The affections are also very important to configure the University for the next 10 years, namely, the level of personal and interpersonal relationships that will certainly continue to be of decisive importance. Today, we know that minds and affections are inseparable in human action that must be intelligent, affective, (emotional), responsible to be authentic and free. However, the way of expressing the affections and their intensity and meaning will probably be quite distinct in the university of the next decade.
autonomy
The university of the coming times will need actors even more autonomous, innovative and collaborative. Autonomy as a capacity to know, to learn, to have, to be, to act, to decide freely and responsibly distinct from heteronomy and even more from anomie, will be decisive. This is, therefore, another marker that is of prime importance, stems directly from the previous two and will give us the true face of the university of the future as happened in the past. In fact, people and institutions will be all the more autonomous when they take full ownership of their unique personal and social identity. The measure of autonomy presupposes the integral affirmation of its own singularity and its otherness as dimensions of personality and sociability. I do not know if autonomy in the university of the future will have to be different but it will certainly have to be more intense and authentic. In our eyes, this will surely be one of the markers that will make a difference.
technologies
The most robust and advanced technologies, namely those that allow greater and better information and communication, are considered in the different studies and research as the main responsible for the major changes and changes of the past, the present and the future. They are effectively bringing about a vertiginous and decisive change in the people, in the organizations and in the societies of our day and to accelerate even more the future transformations in spite of the dense clouds of distrust and fear that also begin to rise and to increase in the horizon and are, indeed, real and serious threats to the humanity and habitability of the planet itself. But there is no doubt that scientific and technological progress, in steady acceleration, will continue to be a big change, for good and evil, of the things, lives, and behaviours of humans in the future. There is a wisdom and a balance that must be found and maintained so that positive things will prevail over the negatives in which research, education and innovation will certainly play an important and decisive role.
methods
Finding new ways, the most appropriate and effective, will be one of the great challenges to face the problems that will be posed to more or less globalize, emerging societies. Hence, work, study and research methods will be of crucial importance to individuals and organizations and will play a major role in new social conceptions and dynamics in which higher education institutions and particularly in the universities more specialized and focused on citizens' training, research and innovation that will be a greater relevance. To do this, it will be necessary to go beyond the routine of obsolete and exhausted methods of the past and introduce new ways of collecting, analyzing data and seeking its explanation and understanding in a more adequate, more robust and reliable way through theoretical models of structural analysis, Of its confirmation or rejection and of its correspondence with reality.
organization
Another of the secrets to university success for the next decade will be its organizational and management skills. In recent years, there have been strong changes in university institutions, but the more or less globalization social, scientific and technological pressure continues towards deeper and more extensive transformations. New, more flexible and resilient forms of organization and management will have to happen in the near future so that university institutions can maintain and optimize levels of quality and excellence in the processes of teaching learning, research and scientific and technological innovation. Going deeper and deeper with fewer resources that are beginning to be scarce will be the great challenge put to the University for the next decade. This can only be achieved with better organization and management at the level of its actors, programs, equipment, spaces and financial resources as we will see in the following points.
equipment
It will not be enough to have the most advanced and appropriate equipment for the different scientific and technological tasks to be carried out. It will also be necessary to make their use in the most economic and efficient way, avoiding their under-use in terms of their potential and in terms of time. Due to the rapid depreciation of the most sophisticated equipment will need to make the most of the time of its duration and its potential. The equipment is purchased to work and not to stand still. This requires that its location and the scheduling of activities take place at an inter-university level. The exclusive equipment of an investigator or an institution, especially when the costs of its acquisition are higher, will have to be exceptional and rigorously justified.
buildings
The university buildings of the next decade will still be much more dynamic and functional. Given the online or distance work that will become increasingly determinant in the way of living and organizing societies, university institutions, buildings will have to be designed and constructed in a very different way. I am not referring properly to 3D virtual constructions, but to more functional real constructions equipped with more robust, advanced and better equipped equipment for research in different specialties, whether at the level of smaller spaces or at the level of larger spaces and polyvalent to discuss the most relevant scientific and artistic conclusions, as well as their management in new knowledge accepted by the scientific community. But the great work will have to be more and more the distance where the place where the people live will have to transform itself also in its habitual room of work avoiding the waste of time and the energies in useless displacements and the increase of the environmental pollution. All this effectively points to a new context of formation, responsibility and action in which new minds, autonomy, information and communication technologies and organization will assume a primary importance.
The contexts
There is no doubt that today, as yesterday and especially tomorrow, the contexts will eventually make a difference. I refer to the physical, biological, psychological, ethical, social, cultural contexts that enable humans to become more human, that is, more intelligent, conscious, responsible, free, happy. In the University for the next 10 years, the contexts will change considerably, particularly to the more advanced and robust information and communication technologies that will enable faster and more flexible forms of action and relationship in performing the most varied and complex tasks
Financing.
The major challenge of the present and the future will be better training, research and innovation with fewer resources attached to higher education institutions. The key to achieving this goal, which will become more and more inescapable and imposed by the economic and financial situation of the different countries will have to come from a better management of material and human resources. The institutions that best perceive and adapt to this reality will eventually develop, consolidate and increase their levels of quality and excellence. Those who are not able to adapt and update themselves will eventually succumb. The secret and strategy of success will be the way to optimize resources that will be increasingly reduced or even scarce, avoiding waste and channeling the available resources to what is truly essential within the mission of the different institutions of higher education and, Of universities. Today, due to the decrease in financing and the consequent reduction of human resources, materials and equipment, there is a certain disorientation in universities, in terms of training, research and innovation. Perhaps the reason for this is the transparent management and pedagogical, scientific, technological, physical, psychological and social attention have not kept up with the changes that have taken place. In the coming years, this adaptation to change will be more intense and accelerated, requiring a great deal of attention and discernment from the main administrative, pedagogical and scientific actors and, above all, new ways of acting, being and behaving. This is another marker to which we can not avoid drawing attention in a very insistent and serious way.
The behaviours
The university of the next decade will certainly demand new attitudes and new behaviours from all its actors. Of this we have no great doubts and the adjustment and quality of these behaviours will be decisive for its success. I even think that people's behaviour at local, national and global levels will change radically following the trend that has been taking place in recent times. Perhaps the biggest problem is balancing the need to be with others, say the need for greater closeness and the increasing tendency to live and work individually at a distance. How to combine this situation without losing the quality of affections? It will be the great question that will have to be given an adequate response, satisfactory and up to the new times.
Employability
The University does not only train people through a serious, demanding, quality educational, scientific and cultural training, but also to develop the most diverse paths and openings of their personalities and professionalism. That is, that all those that the university form and diploma are employable, obtain a work that allows to continue the development of all its potentialities, is useful and necessary for the societies where it inserts and provides a fair, good and reasonable remuneration. Today, to be employable, at a more theoretical or applied and practical level, should also be one of the great objectives of the University, without losing sight of the fact that the university institution can not fail to be equally open to research and innovation Which enables scientific invention, technological progress and artistic creation.
democraticity
Often, greater democracy has led to a certain degradation of the level, quality and excellence of the university institution. Even if it is not easy to cope with this risk, it will be necessary to make every effort to make it as small as possible because the opening of the University to the greatest number is the desideratum of a more developed and citizen society. To what extent is the University truly committed to achieving this balance? It is an issue that, at this time, is not easy to answer objectively, seriously and rigorously, without falling into an easy markting or mere advertisement.
internationalization
One of the magic words that universities today like to utter and propagandize is that of "internationalization." Being known among peers worldwide and belonging to university institutions best placed in the national, regional and international ranking, above all, in terms of research and scientific and technological innovation is one of the ambitions of every teacher and researcher of higher education. It turns out that evaluations are shaped in ways that are not always the most healthy and advisable for a good and fair balance of university institutions posing considerable problems to their own management. But all this is part of a game that, today, it is practically impossible to stop playing.
1. Marker as essential scaffolding of the theoretical model
"Marker" in the project assumes a fundamental importance for the understanding of the structure and dynamics of the University of today and the next decade and, in a certain way, allows the forecasting of how the focus on "education", "innovation" and "research "and the reference to the present and to the future of the university, variables not observed, will be configured in reality. Marker is a central and structuring part of the model. Therefore, it will be about it, as a variable observed and directly investigated, that will focus the theoretical and empirical studies within the scope of this project "Markers of education, innovation and research for the university of today and the next decade."
Marker is an element, therefore, of primary importance, in medical sciences, especially in tumor diagnoses. We could also refer to Antonio Damasio's somatic markers in neuro-cerebral studies regarding feelings and emotions (Damasio, 1991). Biomarkers could also be appealed to the different fields of biological sciences and biochemistry.
In our case, "marker" assumes a more metaphorical meaning that allows it to be transposed into the domains of the psychological, sociocultural and humanistic sciences. Also in the organizations and, in particular, in the university institution we could evoke the idea of marker to determine, explain and understand its internal and external structure and dynamics. It is in this sense that in this project we used the idea of a marker and would describe it as follows: "association of components (variables) in a network that according to the importance or value assigned to it can determine the structure and dynamics of the present and future University in its mission of education, innovation, research and extension. "
For now, we have identified and described a set of markers, presented briefly above, that we have been studying theoretically and verifying through case study research, namely, at the University of Aveiro, to see to what extent they are confirmed in reality and which the intensity and determinacy of each of them in the structure and dynamics of the university of today and the next decade.
This set of markers is neither exhaustive nor closed. It is possible to review, complete, reconfigure, and clarify the scope of its impact and significance in the structure and dynamics of a more or less intelligent, flexible and resilient university institution. It is from this perspective that research is developing.
Moreover, one of the studies that served as reference in the conception of the theoretical model for the selection and description of these markers to try to configure the structure and dynamics of the university institution was a collection of texts organized by P. Speller, F. Robl and SM Meneghel on "Challenges and Perspectives of Brazilian Higher Education for the Next Decade" published in Brasilia: UNESCO, CNE, MEC, 2012, which reproduces the study, research and debate that has been accentuating, for some time to this part, about the university of the future and the future of the university.
The focus on the present and the next decade is to underline an idea that is also an attitude of research that, in this type of prospective research, being able to read the present and understand it in depth and intensity, is the best way to anticipate the which will happen in the future, whether it's 10, 20, 30 or 50 years, since going beyond that would be too bold. The pace of innovation is ever faster, and education and research are also closely linked to this innovative vertigo that blows everywhere, at local, regional, national and global levels. Innovation always involves something radical even if it ends up balancing itself through collaboration, disruption and sustainability that support it. As etymology itself tells us, "to innovate" is to put something new inside "," is to give, to add value ", which implies a certain accommodation, assimilation, equilibration and adaptation to reality in a qualitative and sustainable way in which talent, creativity in which material and human resources and their rigorous and just organization and management are enough important.
2. Review of the literature on the university of the future and, in particular, the next 10 years
As we mentioned above, it is not intended here to review the exhaustive literature but only to try to identify the lines of force that today underlie these themes as well as authors and researches that somehow defend and work on them.
It is also interesting to insist on the idea of a marker, focus on education, innovation and research and possible scenarios that configure the university according to the weight and intensity of value that is assigned to each of the markers already identified or other markers that with research results will be added as well as their new reconfiguration.
Marker as described above, is a concept that we transpose from the somatic markers developed by António Damásio in one of his best-known books "The Error of Descartes: Emotion, Reason and Human Brain" (1994), which is one of the keys that served to understand the meaning, role and dynamics of emotions and feeling in human behaviour. When we transpose the concept of marker for the analysis of the structure and dynamics of the University of today and the next decade from the point of view of education, innovation and research, it assumes a psychic, social and cultural, axiological sense, a kind of musical key to explain, understand and execute the symphony of the present and future university, avoiding that it does not fall into a disconcerted cacophony without life and without soul, without reason and emotion. Somatic markers would be neuronal networks with specific sensitivities to detect certain emotional and affective states. Psychological, social, cultural, axiological markers would be networks of thought, emotion and action endowed with sensitivity, awareness and determination to understand how the current University is and act towards what it will be in the future. Here too, we could be inspired by damasian maxim: "all and every rational expression has its basis in emotions."
The markers already identified and studied and discussed theoretically and empirically, to be evaluated by the conclusions reached, seem very consistent and measure what is intended. But they can be complemented and grouped in order to better adapt to the reality of the university institution of today and the next decade. (Tavares, José, Oliveira, José Bessa & Alarcão, Isabel, 2017).
We should also focus on education, innovation and research, three structural variables, not directly observed but essential for understanding the mission of the University of today and the future. From these variables or focuses as we like to designate them, innovation is perhaps the one that offers a little more difficulty. And this happened in the sessions we held at the University of Aveiro, with focus groups of teachers, researchers and students discussing scenarios for the University for the next 20 years. Innovation as "something new in", "added value" must be present and active in education and research as something inherent and essential to it. Education and research must be truly innovative, otherwise it would be a mere repetition of information and processes.
As for education and research, we do not think it necessary to make major clarifications and revisions of the literature here. The Review of the Literature and Systematization of the Knowledge of Teresa Cardoso, Isabel Alarcão and Jacinto Antunes Celorico can give a good help in the accomplishment of this task that assumes primary importance in the education and the research. That is, understanding education as being closely linked to research and research that can not do without education.
For more information see, for example, Global Innovation Index, 2016.
Referências
Cardoso, T, Alarcão, & Celorico, J. A. (2010). Revisão da Literatura e Sistematização do Conhecimento, Porto: Porto Editora
Damasio, A.R. (1994). Descartes' Error: emotion, reason, and the human brain. New York: Grosset/Putnam
Damasio, A.R., Tranel, D. & Damasio, H. (1991). "Somatic markers and the guidance of behaviour: theory and preliminary testing" (pp. 217–229). In H.S. Levin, H.M. Eisenberg & A.L. Benton (Eds.). Frontal lobe function and dysfunction. New York: Oxford University Press.
Speller, P., Robl, F. & Meneghel, S.M. (Orgs) (2012). Desafios e Perspectivas da Educação Superior Brasileira para a Próxima Década. Brasília : UNESCO, CNE, MEC.
Tavares, J., Oliveira, J. & Alarcão, I. (2016). Marcadores de formação para a Universidade de hoje e do próximo decénio: primeiros passos de um projeto de pesquisa. Transmutare, 1 (2), 2016, pp.214-253. DOI:10.3895/rtr.vln2.4982. ISSN: 2525-6475 (https://periodicos.utfpr.edu.br/rtr
Leituras
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Speller, P., Robl, F. & Meneghel, S.M. (Orgs) (2012). Desafios e Perspectivas da Educação Superior Brasileira para a Próxima Década. Brasília : UNESCO, CNE, MEC.
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Como preparar as gerações para o trabalho do futuro?
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O cenário como ferramenta de pesquisa
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SCENARIO planning
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Metodologia_para_elaboração_de_Cenários
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Construção de cenários 2
PROJECÇÕES 2030 e oFUTURO