O rosto da ternura de Deus
O homem como rosto da ternura de Deus é uma das metáforas que melhor aproxima o sentido da relação entre a criação e o Criador: uma dádiva de ser, de vida, de amor que vem do fundo do tempo e se afunda no além tempo. O Papa Francisco fez alusão, neste natal, ao referir-se à plenitude da sua realização no Menino de Belem recennascido, mais uma vez, evocado e celebrado como revelação última do Deus Paciente, Clemente, Pai Amoroso e Bom, uma metáfora que atravessa todo o Novo e Antigo Testamento. É através deste rosto, que Deus, aos meus olhos, se oferece e dá aos crentes de todos os tempos e de todas as religiões bem com aos homens de boa vontade sincera, afetiva e intelectualmente abertos e disponíveis. O sorriso de uma criança dá-nos a força e a derecção desse além presente e transcendente que interpelou, seduziu e inquietou o homem de todos os tempos e a que o homem do futuro, por mais distraído que ande, não poderá evadir.se.