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Caducidade e morada no Ser


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Mudamos, transformamo-nos constantemente no tempo e, porventura, no além tempo, mas permanecemos, moramos para sempre no Ser donde tudo emana e somos, existimos na modalidade de ser e nos seus próprios limites ou margens. Esta convicção metafísica e axiológica deu imensa força, esperança e confiança ao homem de todos os tempos como ficou demostrado pelas mais diversas manifestações sociais e culturais.

Mas a realidade, para aqueles que não têm medo de ir até ao fim das exigências e do desconforto do pensamento humano e não se atrelam a mecanismos de defesa preguiçosa e gratuita, é bem mais funda e desafiante. Na grande comunidade dos seres (entes) reais e possíveis, somos seres inteligentes, conscientes, livres e responsáveis e moramos com todos os outros entes reais e possíveis no Ser. Por maior que seja a nossa caducidade e transformação ou transmutação de humanos, a nossa identidade permanecerá no Ser, como seres inteligentes, conscientes, livres, responsáveis, cordiais, donde procedemos e que continuará suportar-nos assim para sempre. Esta uma grande certeza metafísica que vem do fundo dos tempos, confirma a nossa esperança, aumenta a nossa confiança e o desejo de viver o mais possível neste tempo e nos liberta verdadeiramente de todos os medos e augústias em relação ao além tempo.


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